By Elilze de Paula

30 de julho de 2014

Repensando os Modelos



Se faz comum, preconizar-mos um modelo ideal para nossas vidas, seguindo-os, mesmo sem antes compreender todo o seu histórico ou sua eficácia em torno do nosso viver.
Assim como o Senhor Palomar, que anteriormente pensava agir corretamente, criando um perfeito modelo em sua mente e adaptando-os aos casos práticos da realidade, também criamos nossos “Modelos dos Modelos” e, sem conhecer as suas especificidades, já formulamos idéias na certeza de sua eficiência na resolução dos contratempos acometidos no decorrer da vida.
Esse entrave, também se aplicaria facilmente às soluções relacionadas ao Atendimento Educacional Especializado, dando prioridade às receitas prontas. No entanto, se não fosse a necessidade do encontro com a realidade, mal padronizável e não homogeneizável e a sensibilidade de um autor (o professor) frente ao seu artista principal (a criança com deficiência) e refletindo sobre a capacidade de reformular novas oportunidades, permitimos a otimização da aprendizagem.
Então, enquanto professor do AEE, deixamos de lado esses modelos e formulamos nossos “sins” e nossos “nãos”, repensando ou recriando ou reinventando novas práticas, envolvendo não apenas o desejo de mudanças, mas a realização desta mudança, através de prédicas que atuem, com eficácia, sobre as peculiaridades de cada um, em especial da criança portadora de deficiência, a fim de promover recursos, meios, atividades, equipamentos, material adaptado e linguagens que prestem total apoio dentro do ensino regular, eliminando ou minimizando barreiras que possam dificultar a plena participação desses alunos em nosso cotidiano.



Referência Bibliográfica:
 CALVINO, Ítalo. O modelo dos modelos, UFC, 2014.
 Coletânea UFC-MEC: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 02: AEE para alunos com deficiência intelectual: Pedagogia da Negação.



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