By Elilze de Paula

23 de junho de 2014

A Baixa Tecnologia para apoiar aluno com Transtorno do Espectro Autista

Para esse público, há uma necessidade constante da estruturação de seu ambiente cotidiano, na intenção de melhorar e desenvolver a comunicação (quer seja esta gestual, oral ou pictográfica), diminuindo o uso estereotipado de uma linguagem idiossincrática, bem como desenvolver o repertório restrito de interesses, habilidades motoras, interação social e o uso de rotina, mediante uma antecipação dos fatos e acontecimentos. 
Apesar de muitas vezes, tais crianças possuírem alguma forma de comunicação, essa não é suficiente para suas trocas sociais, então se faz necessário a utilização de outras formas de expressão, podendo fazer parte de seu cotidiano a comunicação alternativa, com uso de gestos, sinais da língua de sinais, expressões faciais, pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, comunicadores, etc... visando a valorização de todas as formas expressivas, capazes de construir e ampliar toda manifestação de intencionalidade.
Para desenvolver a expressão, compreensão e comunicação, ampliando as opções já existentes ou em fase de aquisição na pessoa com Autismo, devem ser organizados e construídos cartões de comunicação, pranchas de comunicação alfabéticas ou de palavras e, até mesmo, a utilização do próprio computador que, através de programas específicos, tornam-se substitutivos da expressão oral da pessoa, considerando suas particularidades e características próprias necessárias.
Na tentativa de ampliar a possibilidade de acesso deste aluno à linguagem expressiva, propõe-se estratégias de apoio visual confeccionados pela professora, com base em seu cotidiano, uso de prancha de comunicação alternativa e fichas com imagens que anteciparão o que vai acontecer ou como escolhas às suas necessidades, estendendo sua habilidade de utilizar símbolos e representações como recurso de comunicação.
A exemplo, indico para a pessoa com TEA, "um avental confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro de comunicação prende as letras ou as palavras e a criança responde através do olhar" (Tecnologia Assistiva, by Miriam Pelosi) ou apontamento.
É utilizado pelos pais, professores ou cuidadores, com a vantagem da mobilidade dos símbolos, possibilitando a intencionalidade da criança naquilo que se almeja. Auxilia no desenvolvimento de uma comunicação já existente ou quando não há a existência da fala.